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Você é o que você pode fazer

Nos Estados Unidos ano passado, o mercado se deslumbrou com as vendas das caixas de som controladas por voz e equipadas com assistentes digitais.

São aparelhos discretos e relativamente simples, mas com um enorme poder que emana de suas assistentes inteligentes. Sob a liderança da Amazon Echo e Google Home, novas opções não param de chegar.

O espantoso é o quão rápido os consumidores se adaptaram e as inseriram em suas vidas, criando um relacionamento com elas. A Sara Kleinberg, do Google, escreveu um artigo para falar sobre os resultados do primeiro estudo que eles fizeram sobre o assunto. 53% dos usuários já consideram normal falar com a assistente como se fala com um amigo.

É certo que, falar é muito mais natural que digitar, mas temos que concordar que quando os usuários pedem “por favor” ou se desculpam com uma máquina por algum engano é uma grande evidência do quão íntimo e humano este relacionamento se dá.

O Google é uma empresa de tecnologia, mas construiu um império com publicidade. Então, com todo este sucesso das assistentes, seria inocência nossa não pensar sobre como este novo dispositivo servirá as marcas.

Conforto gera dependência. Veja o exemplo dos smartphones; que fazem parte do nosso dia-a-dia de uma maneira tão natural que além de não nos imaginarmos sem eles, sentimos nostalgia ao lembrar de quando não estavam presentes. E olha que não faz tanto tempo assim.

Com microfones abertos 24h na sua casa e a assistência sempre à mão, o nível de conhecimento e dados que se terá sobre o comportamento do consumidor atinge um novo patamar. E obviamente, sempre que houver a chance, um produto ou serviço será ofertado ao usuário.

Diferentemente da tela de resultados de busca do Google, ou dos posts patrocinados do Facebook, a publicidade na era das assistentes provavelmente não será identificada como tal. As chances de conversão ficam notavelmente maiores.

Mas há uma questão aí. A linha que separa estar presente e ser invasivo.

Ser conveniente e assediar o consumidor.

A chave aqui é a utilidade.

Como você pode ser útil para o seu cliente?

Nesta hora, os dados são os reis supremos. Cada micro-momento conta e nenhuma marca deve perder quaisquer chances de ajudar o cliente.

Percebe a inversão? As marcas agora é que devem se desdobrar para encontrar formas de serem úteis e ajudar o seu consumidor. Isso meus amigos, não tem volta.

Não sabemos quando as caixas de som inteligentes com a Alexa ou Siri ou Google Assistant ou qualquer outra estará dando os seus ares em PT BR, mas quando estiverem, temos de estar prontos.

Os consumidores estarão ansiosos e com a expectativa lá em cima.

É bom não decepcionar.

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